Palavras soltas, traduzindo pensamentos, sentimentos, desejos e insanidades...

O meu ser desorganizado, unindo tudo aquilo que deveria, mas ainda não é, ou tudo o que é, mas aliado a insensatez do ser, apenas existe...

Um espaço meu que divido com todos aqueles que não se contentam em apenas ser...

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


E então é Carnaval, ela não sabia o que era um Carnaval, apesar de ter passado alguns em Salvador, de sempre curtir micaretas, acho que ela nunca tinha provado o gosto e o sabor de um Carnaval.

Mas esse ano, pós um termino de namoro traumático, onde até hoje ela carrega as sequelas desse torto amor, ela decidiu aventurar...

Era hilário para todos que a viam, ela destoava na avenida, parecendo literalmente um peixe fora não somente do aquário, mas de qualquer local que tivesse água...

Mas ela era e é, e acho que sempre será, persistente, então, não desanimou, com o auxilio de uma grande Cia e a vodka, ela foi em frente...

Era inusitado olhar para ela, pois ela estava ali, como qualquer alguém, bebendo como todos, dançando e sorrindo, mas sentia-se diferente... para ela era como se tudo aquilo faltasse uma razão, um porque, um depois...

Conversava com todos, sorria para o mundo, seu maior desejo era se entregar a magia do Carnaval...

Após algumas tentativas infrutíferas, ela voltou a pensar, e nesse momento sabia que seria a morte do Carnaval e a ressurreição de suas lembranças, ela não permitiria isso, então, com conselhos de sua amiga, ela se jogou.

Esperou o primeiro se aproximar, e entrou no clima do tal carnaval, então teve a primeira intenção e antes que pudesse sentir a graça de tudo aquilo, levou foi um belo de um safanão e desabou no chão...

Atordoada pela vodka, mal conseguiu entender o que havia acontecido, mas pelas vagas lembranças, consegue visualizar algo de 1m80, bem nervosa com seu grito de carnaval!!!

Ainda assim, ela aproveitou, riu, se divertiu, provou algo que hoje ela sabe que não completa, mas extravasa, que a fez sentir viva e com a certeza que o tempo se encarrega de levar tudo aquilo que temos aqui dentro, ou aí fora, embora...

E assim, ela voltou pra casa, com alguns telefones a mais na sua agenda, vários amigos em seu facebook e poucas lembranças, somente aquelas que a vodka lhe permitiu guardar, mas com um sorriso no rosto iluminado por um belo olho roxo.


Um comentário:

  1. Estava falando de você esta semana, en o Mario me contou os detalhes sórdidos desta história. Morri de rir... definitivamente, precisamos almoçar!!!
    Love u

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