Já faz algum tempo que defendo a tese que celular na mão, depois da terceira dose, vira uma arma poderosíssima... mas enfim, nessa noite em questão, ela foi uma arma mais poderosa quando deixada no banco do carro...

Continuando a saga das noites imprevisíveis...

Uma semana trocando mensagens, conversas no MSN, ligações durante a noite... e chega a sexta-feira... a tão esperada sexta-feira... e tudo seria perfeito...

Bem, aniversário de uma amiga, pub, bandinha, vodikinha... e a Cia do mocinho que nesse momento, sinceramente acreditava ser um grande candidato a namorado... rs

Bem, chega a hora do aniversario, e bum... surpresa, ele diz que não vai... imprevistos e imprevistos...

Bom, mas lá vou eu... já que não ele não vem e aqui estou... caio matando na tequila... ah... tequila...

Meia noite... o celular toca, para que atender??? Mas o efeito da tequila já controlava minhas ações e surpresa... ele foi... ele estava lá... eu que já não podia dizer o mesmo, porque eu já não tinha certeza se estava...

Bem, mas ele estava lá, e fui ao seu encontro... ficamos juntos, dançamos... curtimos o pouco que restava da noite e o que o meu estado após a tequila me permitiu...

Por volta das 3h nos despedimos e ele foi embora... estávamos em um feriado prolongado, então combinamos de nos ver no dia seguinte... eu ainda duvidava disso, porque minhas raras lembranças daquela noite não eram as melhores...

Enfim... por volta das 4h chamo minha amiga “Tininha” para irmos, já estava naquela fase do deitar e apagar... o que realmente aconteceu a hora que entrei no carro...

Levamos a aniversariante em casa e “Tininha” ofereceu a carona para o mocinho que ofereceu algum divertimento a ela, naquela noite...

Bem, chego em casa, abro a porta e a bolsa... putz meu celular...

Ah, não acredito... perdi novamente... uma semana que comprei o segundo... e minha irresponsabilidade me fez perder o danado de novo... não, não... eu me lembro... entrei com ele no carro, eu lembro... a essa altura, como podia lembrar de algo... bem, mas consegui lembrar ao menos do numero e ligar para ele...

“Alô... Tininha... ufaaaa... ok... deixa na portaria...”

Problema resolvido, não tinha perdido, agora era somente dormir...

Manhã seguinte... acordo bem... incrível, sem ressaca... vou buscar meu amigo inseparável o BB... continuo com a sensação desconfortável da tequila... hum... meu futuro namorado... ontem a noite não foi legal... mas ok, hoje teremos o churras e prometo que não vou beber, para desfazer a impressão de bêbada, causada na noite anterior...

Por volta do meio dia ligo pra ele, para saber o horário do churras e me programar...

“Alô, oi Ri!!! Tudo bem???” ... o silencio do outro lado e o “Oi.” mais seco que ouvi nos últimos meses... lanço a pergunta que não deve ser feita nunca, quando sua intenção é falar... “Você está ocupado?” e para minha surpresa, ouço “Estou sim! Depois te ligo!” ... putz, o que houve??? O que eu fiz??? Será que a tequila estragou realmente tudo, como assim???? Não me lembrava nada de tão terrível que eu tivesse feito, que justificasse o modo como ele me tratou...

Ah, jah sei... Eureka... vc bebeu e não lembra, deve ter feito algo ontem... pego o cel e ligo para minhas amigas... não... nada... não era a pessoa mais sã do mundo, mas não fiz nada que pudesse denegrir a minha imagem cultivada na ultima semana...

Bem, nesse momento sem entender nada, fico olhando o histórico do celular... opa... peraí eu liguei pro Ri as 5h da manhã, mas como se as 4hs eu estava em casa???

Ligo para “Tininha” com intenção de entender tudo que aconteceu... “Não, Nu... não liguei... a não ser que...”

Bem, finalizando essa noite imprevisível... o que aconteceu, foi que minha amiga, sem querer ligou para ele... em um momento nada conveniente... entre um beijo quente e um amasso pra lá de animado... e óbvio com uma ligação com duração de 5 min, ele escutou o momento prazeroso da minha amiga, acreditando que EU que estava ali... e com outro que não era ELE...

Enfim... óbvio que após dessa descoberta, tentei falar com ele e explicar tudo que aconteceu e mais óbvio ainda que ele não acreditou e nosso suposto relacionamento, acabou antes de começar...

Mas isso serve de aprendizado, o celular eh uma arma, mesmo quando não está nas suas mãos... e por mais que estranho que uma coisa possa parecer, ela pode ser verdade... então se valer a pena, dê uma segunda chance...

E acho que o mais importante... quando não é pra ser... realmente NÃO É...