Palavras soltas, traduzindo pensamentos, sentimentos, desejos e insanidades...

O meu ser desorganizado, unindo tudo aquilo que deveria, mas ainda não é, ou tudo o que é, mas aliado a insensatez do ser, apenas existe...

Um espaço meu que divido com todos aqueles que não se contentam em apenas ser...

terça-feira, 29 de novembro de 2011

e eu peço tão pouco...



É impressionante como conseguimos rir depois de um tempo, claro que só depois de um tempo,  de acontecimentos que no presente nos causaram tanta dor...

Voltando a saga de noites imprevisíveis... decidi compartilhar...

... E lá estava ela, mais uma noite, embriagada de amor, raiva, ciúmes, duvidas e vinho...

Quando saiu de casa, tinha um propósito e desejava levá-lo até o fim, não dormiria com ele, faria com que ele percebesse a falta que sua presença em sua vida pode causar...

Mas a vontade de ir ao banheiro, aliada a preguiça mudaram toda a estrutura da noite...

Brigas, desentendimentos e muito amor...

a noite foi finalizada com os corpos unidos, os pés entrelaçados e a duvida pairando em seus pensamentos...

A manhã seguinte foi a mais triste para ela, ele pediu para que ela se fosse, que deixasse ele entender...

Ela pegou o carro, com os olhos borrados, coração apertado, uma angustia aniquiladora, ela foi...

Não sabia para onde ir, então comprou um maço de cigarro, e foi para Cajamar...

sem nenhuma lógica em suas ações, era o que fazia

dirigia sem parar, ia e voltava de Cajamar... até quando alguma amiga pudesse ouvi-la, ouvi-la chorar...

Enfim, ela esperou, esperou... tomou mais algumas garrafas de vinho, fumou mais alguns maços de cigarros

Fez mais alguns passeio a Cajamar... até ele a procurar...

E assim ela o encontrou... em um domingo frio, ele aqueceu seu coração...

Descobriram que se amavam e que esse amor, pode e será capaz de superar, as brigas, as faltas, o silencio, e os urgidos de dor...

Se amaram a noite inteira, dormiram com seus pés entrelaçados e ela não voltou mais a Cajamar...



Eu acordo de manhã e faço um triangulo de visão...

Olho para mim, olho para o guarda-roupa e olho para o relógio...

Olho para o relógio, olho para mim e olho para o guarda-roupa...




segunda-feira, 28 de novembro de 2011



Em cada verso meu
A certeza de que preciso de tão pouco

Hoje percebo o quanto me enganei
Tudo depende do bem estar
O tudo se torna tão pequeno diante
Da realidade de não se ter o mínimo

Não é hipocrisia,
Muito menos pessimismo
Mas existe o tempo
Para todas as coisas existe o tempo
E conviver com ele não é fácil
Muito menos simples assim

Entender que não posso correr o relógio
Muito menos voltar ele para trás

A vida segue seu rumo
E me desculpem os descrentes
Mas hoje acredito sim,
Que existe um destino
E que ele marotamente
zomba de todos nós
quando acreditamos que sabemos
escolher e decidir nossos caminhos
sozinhos

tudo gira e acaba sempre no mesmo lugar
na nossa essência, na nossa origem

me vejo hoje tentando pular as grades
do berço quando acordava
a mesma menina, de cabelos e olhos escuros
mas com uma incrível vontade de pular
de ir além,
mas tendo que esperar inevitavelmente pelo tempo

o tempo fez minhas pernas crescerem e alcançar o outro lado

hoje espero o tempo acontecer,
e fazer algo ainda crescer em mim,
mas agora aqui dentro... 

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Nesse momento contribuindo com as industrias de cosméticos...


Hoje eu estou cansada...

cansada de mim e de você... e posso incluir o mundo todo nessa minha lista, hoje...

cansada...

dos joguinhos idiotas para garantir um sorriso irônico ao final do telefonema
ou da sms que escrevi, mas não enviei...

das desculpas esfarrapadas que nem mesmo você é capaz de acreditar
cansada de me preocupar com você, no que você quer,
no que preciso ser para que você queira

estou cansada disso
desse incessante pensar em como ser,
em como agir, como fingir e no que acreditar...

não gosto da rotina, e tenho um medo louco e desesperado do novo...

estou cansada de acordar de manhã e fazer a mesma coisa,
de me arrumar, passar delineador, fazer escova, unha, depilação
estou farta dos tubos de corretivos que uso por mês
tentando disfarçar as olheiras
criadas diariamente pelas noites mal dormidas
pensando em tudo que eu não quero mais
e sabendo que hoje sou impotente para mudar...

cansada de ver que tudo aquilo que há menos de um ano atrás
eram meus sonhos de vida
hoje aniquilam minha alma e destroem o meu sorriso

não quero mais fingir,
não sou do tipo que consegue viver enganando
porque na verdade eu não engano nem a mim mesma

sou feita de óleo e açúcar,
pingando a pimenta misturada ao vinho

como descrever
como descansar
como reviver
reinventar???

as coisas sim se resolvem, sei que sim
mas estou tão cansada de ter que passar por elas...

Eu não quero mais...

vou abrir uma garrafa de vinho
tomar uma taça,
esperando a mistura do borbulhar
com a sede de não me deixar petrificar

deitar e sonhar, sonhar com tanta energia e força,
que amanhã ou terei uma vida nova pra começar, ou
não saberei se serei capaz de levantar...

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Não pare, não morra


Se as palavras não se encaixam
e os movimentos não combinam
se os sorrisos são amarelos
e as opções são muitas

Não pare, não morra

atravesse a rua
siga em frente na estrada desconhecida
aventure-se
jamais desista dos passos
sendo eles largos,
ou minusculos

a intenção é que sempre mantenha
o movimento
arrisque-se
corra
fuja se for preciso

mas não pare, não morra

sonhe
brigue
chore
se desiluda
grite
morda

mas não pare, não morra

crie um cenário novo
se perca se for preciso,
cante uma canção
invente um amor
brinque de dançar
faça desenhos de crianças

mas não pare, não morra

feche os olhos e veja
tudo só depende de você
da capacidade de criar
crie o seu universo
com as cores que não existem
viva a vida que desejar
pule agora de encontro com o nada
e busque o seu tudo

mas jamais pare, para não morrer

Nubia Muniz


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Essa é para mim...



Por um tempo cheguei a acreditar
que sempre seria mais facil escrever quando estivesse triste,
quando meu coração derramasse as lágrimas
e elas fossem automaticamente se transformando em
palavras, frases,
onde eu as guardasse em um papel, e assim não ficassem presas a mim...

Acho que existem verdades em meu pensar,
porque toda vez que escrevo quando sangro,
sinto como me livrando,
expulsando ou exorcisando tudo aquilo de mim...

Mas foram tantos momentos,
tantas sensações,
um me perder de mim tão estranho
que nem escrevendo
conseguiria que minha alma voltasse para perto de mim

Hoje recomeço, mais uma vez....

e assim na dança cigana da vida,
vamos revivendo
renascendo, transformando e nos superando

a superação é a maior força,
maior sensação que já me permiti sentir

hoje sinto que sou capaz...
que me surpreendo
que inovo e copio

onde surge o novo, replanto o velho

e quando a noite chega
invento um novo dia

quero o tudo e o tudo
hoje somente isso me satisfaz

hoje estou viva, com sede de viver
fome de correr atras,
de fazer sei lá o que acontecer...

e que essa sensação, permaneça assim

que minhas palavras hoje não exorcisem eu de mim mesma
mas que sim, elas me projetem para as nuvens
como uma águia, num voo eterno

pois hoje eu descobri que posso voar
então quero apenas esperar por amanhã
para chegar ainda mais longe...

Nubia Muniz